segunda-feira, junho 23, 2008

CINEMA - Vale o ingresso?

Eu sempre fico me prometendo falar dos filmes que assisto. Seria uma ótima utilidade pública. Mas nem sempre tenho saco, ou nem sempre vale a pena perder esse tempo. Vou tentar resumir os últimos, sem resenhas ou sinopses, que eu já disse que isso a gente encontra mais fácil na internet. (Ah Não vou lembrar de todos!)

Indiana Jones - PORRA! Esse tem que começar com um palavrão! Não vale a gasolina que se gasta pra sair de casa. Sendo bem "opinioso", não vale arriscar a memória infantil que tínhamos do explorador americano dos filmes com bolas rolando e cavernas misteriosas. O roteiro não merece qualquer reivindicação dos roteiristas de Hollywood. Uma história imbecil, sem pé nem cabeça, que faz perceber que não vale a pena arriscar as boas lembranças do passado. Eu, sinceramente, prefiriria ficar com as memórias do passado, de quando eu visitei os estúdios do MGM e assisti atônito à historinha do herói americano.

Sex and the City - The movie -- Vale a pena o ingresso e a pipoca! Penso que seja improvável alguém gostar do seriado e não gostar do filme, ou vice-versa. Ou seja, isso é um comentário bem objetivo. Pra quem curtiu o seriado, encerrá-lo com um longa de cinema seria o sonho. E o filme corresponde: parece bem um excelente final para o seriado! Pra quem não acompanhou a saga de Carrey e suas amigas, ainda assim é uma experiência altamente válida. Ou seja, o filme se vale por si só! Por mais que se ampare no seriado, o roteiro tem vida própria e convence sozinho. Resumindo, mesmo vindo do seriado, o filme é um legítimo Longa-metragem.

Fim dos tempos - Poderia fazer uma lista de filmes sobre catástrofes que passam pela cabeça enquanto a trama se desenrola: Eu sou a lenda, Invasores, Cloverfield e por aí vai. A grande diferença é que o grande inimigo é invisível e muito bem representado pelo vento. Isso mesmo: vento forte, folhas balançando e uma música de suspense fazem a combinação perfeita para o mistério. A grande semelhança é a capacidade incrível que os roteiristas têm de fazer todos os desastres acontecerem na América. Eles até representam bem o sentimento de perseguição do povo americano, quando mostram as pessoas, mesmo sem saber o que é a tal ameaça, achando que se trata de um atentado terrorista. Conclusão: vale o ingresso, sim. Mas se só tiver a pipoca pequena, não compra, não, que sai muito caro.

Vem mais por aí! A Outra, Ponto de Vista, Ensinando a viver, Na natureza selvagem, O Nevoeiro, Southland Tales e outros que não tô lembrando agora.

sexta-feira, junho 20, 2008

Pra você.

Pra ti, pra alguém que escreve entrelinhas subentendidas em textos drogados incompletos, recitados por idiotas irresponsáveis com calças mal-amanhadas: fuck-off! ai dentro! Não tem nada a ver, mas lembrei de uma menininha inconvenniente falando de outro cara num recital. Só serviu pra me deixar mal! Nada demais, ninguém entendeu. [mais um palavrão] Te amo. Beijo Grande.

Thinking that things!

Uma pena! Fiquei bem chateado de chegar e ver que ela não estava lá, como estava virando costume, pra ficar ali até bem mais tarde conversando besteiras. Tem tanta coisa que eu queria dizer e não tenho coragem... ou simplesmente não devo mesmo. Depois desses chopps e uma única draft eu podia perfeitamente escrever isso pra ela. DIzer assim na lata, não! Mas digitar e ter todo o ciberespaço pra me defender ou esconder, seria bem fácil.

Well! Como dizem os americanos, otimistas por criação, ela tem a vida dela, cada um tem a sua. POIS BEM (viram o otimismo?!), a última long neck já passou da metade e eu não pretendo partir pras importadas de alto teor alcoólico. Minha casa não tem mais geladeira. Tenho que provar as coisas ao natural. Quem bom. Tudo natural, sem celular (que eu queria chamar de telefone móvel), sem internet, sem wi-fi, sem 3G e sem contato com o que não se quer. Isolado! Vendo na TV onipresente o comercial do novo sonho de consumo, que custa caro mas muito pouco pro que eu pretendo pra mim.

Desisti do show de rock que era exclusivamente pra ouvir música boa. Não pela música boa, mas pela falta de tempo pra trabalhar amanhã, já que decidimos não abrir mão das horas livres. Vai valer a pena. Demais! Não sendo assim, jamais teríamos qualquer tempo livre. Think different! O mundo todo está querendo comer bife!!! Até a super-população-asiática está comendo melhor. O que você diria sobre a relação entre um milho e um galão de gasolina? Uow! Things are changing!

Aguarda só um instante que eu decidi aceitar a holand beer. Back soon! Gosto horrível, álcool puro. Prefiro as drafts! E então eu me lembro de várias coisas, de várias pessoas e de inúmeras situações que não convém comentar. Lembrei demais da viagem que a encontrei numa ladeira por um acaso nem tão por acaso, quando depois fiz de tudo para deixá-la no lugar certo, do meu lado. Ali eu vi que era ela, mas fui bobinho demais e preferi achar que era cedo, assumi minha imaturidade. A viagem de ônibus de volta foi tão calma, estava tudo tão bom, tão bem. E eu, idiota, forcei pra estragar tudo. Pra fazer não valer a pena.

E dizem os bons que um bom post, de um bom blog, deve ter no máximo cinco parágrafos. Ou seja, cheguei ao meu limite, fim da linha. Cerrei meus punhos, me encarei no espelho, agradeci o dólar baixo e acreditei no ministro da fazenda. Não dei bola para o dragão da inflação. Qual é! Nem inventa de postar sobre economia brasileira, ninguém entende disso. Vi a nossa vida juntinha, ali. Pensei seriamente em te pedir pra largar tudo, essa sua mentira que eu sei que você não gosta mesmo. Pense bem. Não vou falar disso, dessa verdade. Meu parágrafo acabou. Beijo e boa noite. Te quero demais. Mais que tudo.


quarta-feira, junho 18, 2008

Playground Love

Detesto tudo isso. Essa minha mania idiota de insistir nas coisas, mesmo sabendo que vou me detestar lá na frente. Odeio minha curiosidade. Uma necessidade voyeur de procurar as coisas por ali, de me procurar. Desisti de escolher uma letra de música, de todas que ouvi hoje, pra colocar aqui. Desisti porque, na verdade, eu estava procurando algo que não quero pra mim. Fim.


I'm a high school lover, and you're my favorite flavor.

Love is all, all my soul.

You're my Playground Love.

Yet my hands are shaking.

I feel my body reeling, times no matter, I'm on fire.

On the playground, love.

You're the piece of gold that flashes on my soul.

Extra time, on the ground.

You're my Playground Love.

Anytime, anywhere,

You're my Playground Love.


Segredo pra amanhã. Pra outro dia, quem sabe.

Pegou as fotos antigas
Ficou ali a noite toda
Sem sono e com vontade de nada fazer
Esperando o tempo passar pra ver
Se amanhã terá mais sorte
De encontrá-la por aí

Só te ver
Já seria alegria demais
Mesmo sabendo que não poderia te ter
E nem ao menos sua mão tocar
Ou fala Ou ouve Ou aprecia
Sem ter mais o direito de te ter

E mais uma noite adormece
Sem saber o que será do futuro
O nosso futuro e o teu segredo
As fotos caem no chão
Mas deixa pra lá
Mais tarde eu arrumo tudo
Quando acordar.

terça-feira, junho 10, 2008

Injustiça, tristeza e felicidade.

Por um breve momento
bem breve
eu vi a tristeza naquele rosto
sempre tão feliz.

Não parecia preocupação
falta de tempo
briga, compromisso
nada disso.

E por um breve momento
nem tão breve
achei que não era justo
comigo e com ela
eu ser feliz ali
assim
sozinho.

segunda-feira, junho 09, 2008

Em algum lugar do passado

Saiu mais cedo do trabalho. Até porque fora lá só para bater ponto mesmo. Saiu muito tarde de casa, depois de recusar todas as chamadas insistentes do velho telefone preto da sala. Com algum sacrifício, levantou correndo e atendeu apenas uma, que avisava que o dia ia ser mais sem graça do que já estava prevendo. Devia ser a ressaca de um final de semana atípico, com pouca bebida e nada de farra. Pôs algo para tocar e viajou com as músicas que ouvira outro dia, naquela noite muito boa e muito estranha, paradoxalmente combinada e imprevista.

Pensou em assitir (a) um filme pescoçudo, mas logo desistiu de todos. Viu as horas no relógio passarem com a incredulidade de quem nunca tem tempo livre para nada. Perdeu um tempo danado decidindo entre o disco novo dos Beatles e um outro muito moderninho, como se fizesse muita diferença para sua inspiração. Discutiu um assunto importante que já estava lhe tirando do sério e viu sua vontade de fazer qualquer coisa se esvair nos últimos minutos daquela hora, a última do dia.

Foi procurar em algum lugar do passado alguma explicação para essa mudança constante de humor. Não havia motivo para isso, tudo tão normal, as coisas fluindo tão bem. Leu alguns trechos de Bukowski e de outro autor desconhecido, umas histórias chatas, sem graça e excessivamente cheias de álcool e desgraça. Nada do que queria. Talvez a explicação de tudo esteja mesmo em algum lugar do passado, talvez distante, talvez nem tanto. Mas, seja como for, já vale a pena pela trilha sonora, uma das melhores de todos os tempos.



quinta-feira, junho 05, 2008

Tirinha do dia perfeito


Um dia desses eu e aquela menina linda e cativante tivemos um dia muito pra lá de perfeito. E essa tirinha seria uma boa referência, apesar de não dizer tudo!








quarta-feira, junho 04, 2008

A dor voltou mas o sono veio.

Antes mesmo de começar a escrever já havia se arrependido de tirar a máquina de escrever lá de cima do armário. Se arrependeu do que escreveu ontem, o texto sem metáforas e numa primeira pessoa desnuda. Aberto demais, diferente das artimanhas que aprendera a utilizar. Se arrependeu, mudou de idéia, não quis mais. Foda-se se ela não se vê mais, se você não se vê mais, se vocês não sabem enxergar.

E acabou chegando à conclusão de que não vale a pena achar, ali naquela noite, que vale a pena, pra depois ter que carregar a cabeça pesada por aquela dor chata que não passa. Dor desviada, que devia doer no peito, mas que o próprio corpo engana, pra que ele sofra sem ter que parar de pensar. Ela é chata, pensou. E é mais arrogante que ele. É possível? Hoje foi. E ele achou que seria muita besteira perder seu tempo precioso pra ficar com raiva dela. Era melhor guardar aquela imagem linda que construira, que ela mesmo parecia fazer de tudo para desconstruir.

Escreveu sobre isso e sobre como andava se sentindo nos últimos dias, depois daquele fatídico incidente. Essa coisa de voltar ao normal estava lhe deixando irritado. Trabalhar na hora que não queria, falar com quem não desejava, beber pouco e tudo mais por pura falta de tempo... Pensar em guardar algum dinheiro e em como seria seu apartamento novo. Tudo isso parecia um saco e lhe causava uma insuportável dor. Dor de cabeça que começa a voltar e que nada mais é do que parte dele pedindo pra ter de novo e outra muito maior lembrando que não vale a pena ser infantil e afobado.

terça-feira, junho 03, 2008

Eu mesmo e um texto antigo.

Os grandes prazeres da vida por vezes se tornam obrigações tremendamente chatas e enfadonhas. Quando cansei de vez de coisas chatas e enfadonhas decidi voltar a ser eu mesmo. E fui procurar em incontáveis copos de cerveja, em todas as noites, o meu eu de novo. Voltei a falar com pessoas queridas que equivocadamente afastei de mim. Não faça isso jamais. Se eu puder lhe dar um conselho sincero, jamais. É uma besteira sem tamanho. Voltei a sair, a me divertir, a ir pros cantos que eu não gosto tanto porque "é o jeito", mas que acaba sendo bom do mesmo jeito! Voltei a fazer amizades despretensiosas e a sair com os amigos dos meus amigos.

Diminui o ritmo, fui voltando ao normal e hoje o trabalho me consome novamente. Dedicar todo meu tempo com essa loucura de trabalho me faz sentir vivo de novo. Muito bom! Mas pessoas se achando juízes da vida me põe pra baixo e eu perco totalmente a inspiração. Um tapa na cara. Me sinto agora tão normal que tudo isso não tem graça nenhuma. Me procuro naqueles textos ressucitados e não me vejo. Talvez tenha até algumas referências ou um jeito meu de escrever por ali, só de sacanagem. Mas um texto antigo, pensado, repensado e corrigido não tem nada casual. Sincero demais, mas podado e sabido demais. Já disse que eu não consigo ser assim. Vomito pensamentos. Tarde. Eu ali sentado, esperando aquele olhar enebriado e tímido de novo. Ele não vem... ou sou eu que não sei ver. Mais uma vez. Duas vezes.

As coisas vão se pondo em seus devidos lugares. Sozinhas ou sem muita ajuda. Não dá pra deixar de ser você por muito tempo. E mesmo sendo arrogante e metido a besta, lembrando de como fui trouxa, infantil, sincero e afobado, não posso ver algumas frases pensadas por ali que já fico todo besta. Eu me apaixonei pela inteligência. Mas hoje eu tô em outras, passou. Será? De onde veio essa vontade e a inspiração repentina? Quer outro conselho? Não deixe de fazer a coisa errada quando vir a hora certa! Só não seja afobado.

Eu ainda quero. Mas vou ter que esperar a hora certa. Aqui, sentado, sem aquele olhar e sem a tua mão. Eu voltei a ser eu mesmo. Ah! E ganhei meu anjo da guarda de volta! Bom demais. Tá pago.