quarta-feira, outubro 08, 2008

Chamada não atendida: ELA

Apesar de parecer distraído, ele estava lá, concentrado, olhar e mente fixos na idéia de transformar tudo em texto, condensando um turbilhão de informações em algo palpável, um tanto acessível para que num futuro próximo pudesse resgatar... Foi voltando pra "casa", naquele mesmo caminho entediante, e pensou em tudo, em como as coisas são e em tantas outras que deveriam ser. Reservaria o primeiro parágrafo para aqueles pensamentos, certamente... Muito complicado, àquela altura, pensar em pensar e não poder escrever ou escrever o que não deveria pensar. O silêncio tosco das palavras não escritas também pode comunicar muito. E ele acabava deitando todas as noites na companhia dessa incompetência aterradora.

Depois de vagar por aquelas ruas frias, imundas, firmou residência num velho albergue no bairro universitário, sob a alcunha de Puneet Kumar, um jovem estudante indiano, sobre o qual tudo que sabia estava resumido nas anotações do caderno das aulas de arte moderna e nos dados de sua carteira estudantil. Deitado, lendo um livro grosso mas de leitura fácil, anti-capitalista e até bem realista (se isso é possível, pensou!), cochilou. Menos que isso, tornou a si quando o livro lhe caiu sobre a face, e teve uma sensação esquisita de que na verdade não estava ali, de que aquela história toda era uma grande farsa, que nada daquilo existia e de que não lhe restava dúvida, muito menos nada o que escolher.

Acordou com uma vontade interminável e indescritível de tê-la, a mesma de todos aqueles dias. Era impossível querer sair daquele colchão velho quando ela parecia ali tão perto. Depois de todo esse tempo, senti-la naquela noite o deixou mais vivo, e ela, ainda mais atraente e especial. Era impossível não sonhar com o seu rosto, com o seu corpo, suas pernas lindas, cinturinha fina, os seios pequenos e todo aquele jeito de enlouquecê-lo que só ela tinha. Lembrar daquele encaixe perfeito... ela de costas, entregue. Os beijos molhados, mordidas no pescoço e mais um monte de detalhes proibidos que não convém aprofundar... Ele não tinha mesmo motivo algum para sair dali.

Conseguiu, enfim, se libertar daqueles pensamentos tentadores, tomou um banho frio, congelante, e foi mais uma vez ganhar o mundo. Os problemas financeiros, por mais que tentasse relevar, disputavam espaço com aquelas lembranças boas. Aquela chuva de informações (em inglês, claro!) sobre a atual crise financeira, o deixava louco. Mas ela estava lá, tão impossível, tão proibida e tão perto. Tão mais interessante que tudo que lhe importava era poder ficar com ela, por muito mais tempo do que teve oportunidade até agora. Ôpa! Acordou com o livro anti-capitalista no rosto, novamente. Precisava dormir. Amanhã vai acordar louco para tê-la mais uma vez.

(maybe) to be continued.



Follow Me
Beck


Follow me

Follow me
Baby, I won't let you leave if you believe in me
And I always set you free from all those yesteryears
But you don't know how much
I got believe in you

I was starting at your shoulder shivering
In such A coldest summer breeze
mean while I wonder why we're here
Look for the line between love and friends
we'll Be twisting ourselves again

I was standing at the corner on the street
Watching the wheels are turning free
Waiting to Back up on My feet
Reading a Line between Night and Day
I'll be twisting Myself Again

terça-feira, agosto 19, 2008

To know that I know that you know now



If It Kills Me - Jason Mraz

Hello, tell me you know
Yeah, you figured me out
Something gave it away
And it would be such a beautiful moment
To see the look on your face
To know that I know that you know now

And baby thatÂ’s a case of my wishful thinking
You know nothing
Cause you and I
Why, we go carrying on for hours, on and
We get along much better
Than you and your boyfriend

Well all I really wanna do is love you
A kind much closer than friends use
But I still canÂ’t say it after all weÂ’ve been through
And all I really want from you is to feel me
As the feeling inside keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me

Well how long, can I go on like this,
Wishing to kiss you,
Before I rightly explode?
This double life I lead isnÂ’t healthy for me
In fact it makes me nervous
If I get caught I could be risking it all

Baby thereÂ’s a lot that I miss
In case IÂ’m wrong

Well all I really wanna do is love you
A kind much closer than friends use
But I still canÂ’t say it after all weÂ’ve been through
And all I really want from you is to feel me
As the feeling inside keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me

If I should be so bold
IÂ’d ask you to hold my heart in your hand
Tell you from the start how IÂ’ve longed to be your man
But I never said I would
I guess IÂ’m gonna miss my chance again

All I really wanna do is love you
A kind much closer than friends use
But I still canÂ’t say it after all weÂ’ve been through
And all I really want from you is to feel me
As the feeling inside keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me
If it kills me
I think it might kill me

And all I really want from you is to feel me
ItÂ’s a feeling inside that keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me
If it kills me
It might kill me

sexta-feira, agosto 08, 2008

é mais ou menos isso.

Give me the first taste

The First Taste
Fiona Apple

I lie in an early bed, thinking late thoughts
Waiting for the black to replace my blue
I do not struggle in your web
Because it was my aim to get caught
But daddy longlegs, I feel that I'm finally growing weary
Of waiting to be consumed by you

Give me the first taste
Let it begin, heaven cannot wait forever
Darling, just start the chase
I'll let you win, but you must make the endeavor

Oh, your love give me a heart contusion
Adagio breezes fill my skin with sudden red
Your hungry flirt borders intrusion
I'm building memories on things we have not said
Full is not heavy as empty - not nearly, my love
Not nearly, my love, not nearly

Give me the first taste
Let it begin, heaven cannot wait forever
Darling, just start the chase
I'll let you win, but you must make the endeavor

The first taste
Let it begin, heaven cannot wait forever
Start the chase, I'll let you win
But you must make the endeavor

segunda-feira, agosto 04, 2008

Killing me softly.

Se viu de novo envolvido, completamente mergulhado naquela história. As coisas que havia falado, o jogo sujo, o golpe baixo, parece ter deixado tudo ainda mais confuso, mais intenso, mais desafiador e, com toda certeza, mais gratificante. E o joguinho cheio de dicas e enfim revelado o fez sentir uma pontinha de reciprocidade. Impossível não imaginar tudo de novo, os lugares, os desafios, as descobertas, "aquela" sexta-feira inesquecível, tudo. E tudo mais que tem por vir. Ah, tem! Impossível também não passar mais uma noite em claro, pensando naquilo tudo, nas conversas que tiveram. (E a meta 10 acabou ficando pra depois.) A lista precisa urgentemente ser refeita, pra colocar "aquele" exercício como número um, com ela, a grande meta. Pensou em mais uma porção de coisas que queria falar baixinho no ouvido dela, palavras apimentadas e sacanagens doces.

Aconteceu mais ou menos assim. Se encontraram na rua por acaso, cruzaram olhares, um sorrisinho de canto de boca meio tímido e seguiram. Ela era linda, loira, usava um vestido furta-cor que lhe caía muito bem. Ele era um tipo diferente, não lhe parecia o mais bonito, mas tinha um certo charme irresistível. Um jeito bem cafajeste (!), pensou ela. Atravessaram o cruzamento, se olharam mais uma vez. Ele teceu um elogio à ela e outro ao vestido. Partiram sem saber se ainda se veriam. Refizeram aquele caminho todos os dias, na esperança de reviver a mesma história. Ela não podia pensar nele, se sentia culpada, mas ao mesmo tempo adorava aquilo, lembrar de tudo também, lhe dar as dicas do mistério e sonhar em como seria. Ele passava o dia esperando a noite chegar, pra encontrá-la de novo e poder falar mais um monte de coisas que a deixaria, de certo, como na véspera daquela viagem.

E como seria realmente inevitável, já consumidos por todo aquele desejo reprimido, se encontraram mais uma vez. Se beijaram loucamente até chegarem na casa dele. Ela adorava aquele jeito forte, dominador, quase rude. E lhe parecia impossível que ainda assim fosse, paradoxalmente, tão romântico e apaixonado. Ela se entregou inteira, certa de que só ele era capaz de deixá-la assim, mole e louca de tesão. Se consumiram loucamente... Virou-a de costas, nem sequer tirou seu vestido. Beijou seu pescoço, mordeu sua nuca, falou tudo que queria no seu ouvido, como se aquilo nunca mais fosse acontecer. Lhe deixou várias marquinhas que sumiram logo. Viajaram naquele prazer indescritível, como fizeram tantas vezes. "Podemos parar quando você quiser", disse ele. Parece mesmo que ela não quis. O gosto dela agora estava perfeito, misturado ao seu.

A pegada forte deu lugar ao carinho terno, um cafuné gostoso. Adormeceram. Dormiram juntinhos e ele quis dizer que aquela noite também não era definitiva, que nada ia acabar ali. Ainda tem muito mais pela frente. Mais um sonho e mais uma ficção. "Vem sonhar junto comigo. Joga tudo pro alto", lhe falou baixinho ao ouvido. E como o desafio lhe pareceu bem interessante, achou muito justo que agora fosse a sua vez. Tem o mesmo estilo e começa com "I". Boa sorte!

A letra da música:
Love Me Like There's No Tomorrow
Freddie Mercury

You had to kill the conversation
You always had the upper hand
Got caught in love and stepped in sinking sand
You had to go and ruin all our plans
Packed your bags and you're leaving home
Got a one-way ticket and you're all set to go
But we have one more day together, so
Love me like there's no tomorrow
Hold me in your arms, tell me you mean it
This is our last goodbye and very soon it will be over
But today just love me like there's no tomorrow

I guess we drift alone in separate ways
I don't have all that far to go
God knows I learnt to play the lonely man
I've never felt so low in all my life
We were born to be just losers
So I guess there's a limit on how far we go
But we only have one more day together so

Love me like there's no tomorrow
Hold me in your arms, tell me you mean it
This is our last goodbye and very soon it will be over
But today just love me like there's no tomorrow

Tomorrow god knows just where I'll be
Tomorrow who knows just what's in store for me
Anything can happen but we only have one more day together, yeah
Just one more day forever, so

Love me like there's no tomorrow
Hold me in your arms, tell me you mean it
This is our last goodbye and very soon it will be over
But today just love me like there's no tomorrow

terça-feira, julho 29, 2008

Job: cartão de aniversário. Gostei!

Não envelheça, cresça.
Deixe o tempo passar a largo.
Brinque. Brinde.
Não se leve tão a sério.
Viva intensamente.
Faça de cada sonho
uma jóia duradoura.

segunda-feira, julho 28, 2008

And yet you don’t believe her



For No One
The Beatles

Composição: Lennon / McCartney

Your day breaks, your mind aches,
You find that all her words of kindness linger on,
When she no longer needs you.
She wakes up, she makes up,
She takes her time and doesn’t feel she has to hurry,
She no longer needs you.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.
You want her, you need her,
And yet you don’t believe her,
When she says her love is dead,
You think she needs you.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.
You stay home, she goes out,
She says that long ago she knew someone but now,
He’s gone, she doesn’t need him.
Your day breaks, your mind aches,
There will be times when all the things she said will fill your head,
You won’t forget her.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.

quarta-feira, julho 23, 2008

Durma com os anjinhos!



Bebi uns chopes pra abrir a mente. Mentira de quem diz que as drogas não alimentam a inspiração. As drogas fazem um bem danado pra isso. Elas só cobram o preço depois. Aí estou aqui, tomando os últimos goles de uma draft beer e pensando em como começar a falar em tudo que estou pensando. Quando estamos assim, cada música parece um poço de inspiração. Mas depois que você toma várias, e escuta várias, fica muito complicado de arrumar as informações.

Acordei agora de um sonho tão lindo, uma história mirabolante tão impossível que quase não dei confiança. Uma menina linda, loira e linda, e parecia que nos conhecíamos há tanto tempo, que tínhamos tanta intimidade... Me apresentei, falei um pouco da minha vida, deixei ela falar. Mas era impossível. A forma como a gente combinava, o jeito de falar, as coisas, as vontades... parecia mesmo que tínhamos um passado em comum. Parecia que ela não tinha mudado nada. Aquele jeitinho era tão especial que me parecia impossível que meu cérebro fantasioso tivesse inventado aquilo tudo. Era impossível não sentir a realidade dos meus dedos acariciando aquele rostinho lindo. Porra!!! Eu faria aquilo pro resto da minha vida. Isso, apreciar a beleza singela daquela menina confusa, tão certa de si e tão imatura. Posso te amar pra sempre. Vou fazer isso. Estando nós juntos ou não. Prefiro você comigo. Se não, você será pra sempre a materialização do "Se", o passado-futuro não alcançado e a lembrança boa.

Vou te amar loucamente. Ah, vou! Passar noites acordadas pensando em ti. Não me peça pra não fazer isso. Será um prazer! Perder noites de farra com os amigos, "na merda", pensando em você. Ainda assim, vou continuar te amando, te achando a pessoa mais especial do meu mundo. Não vou deixar de sonhar. De imaginar que você é pra sempre. Todos aqueles pensamentos que nunca consegui ter com mais ninguém... que tive contigo. Pode ser! Pode ser (sim) que não dê certo, mas você há de saber que eu quis, que eu tive certeza, que enquanto conversávamos futilidades pra ficar perto, era tudo isso que eu queria dizer. Eu sei que é pra sempre, não me pergunte como, nem porquê. Simplesmente sei! Simplesmente almejo que seja assim. Em não sendo (ops!), fazer o que?! Não posso fazer tudo, não posso fazer muita coisa.

Boa noite! Durma com os anjinhos... e sonhe comigo! (Ou ao contrário, como brincaríamos!). Vá dormir, mas não esqueça nunca que esssa conversa não é definitiva, que as coisas não devem acabar assim, que temos um monte de sonhos tolos e futilidades pra viver juntos. (Eu sei que isso é tudo uma obra de ficção). Mas me deixa sonhar em paz. Vem sonhar junto comigo. Joga tudo pro alto. Esquece essas formalidades. Encosta tuas costas no meu peito sem culpa, sem peso, pra eu beijar esse pescoço, morder tua nuca, falar sacanagens no teu ouvido e ver tudo fluindo, de novo, até sentir o (teu) gosto indescritível do teu beijo, de novo. Seria o marco perfeito, aquela data especial, pra todos saberem que nós dois somos um, eu e você, juntos. Perfeito!

Pode ser (dois barcos).

Dois Barcos -Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo

Quem bater primeira dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer
Aponta pra fé e rema

É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar

Será, Morena? (?!)
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

Doce o mar, perdeu no meu cantar (x 2)

Só eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

terça-feira, julho 22, 2008

Sonhando acordado.

Fazia frio. A calefação com defeito e o edredom velho não ajudavam. No velho piso de madeira pingava de instante em instante uma goteira pela fresta da janela com defeito. Da porta do quarto tudo que se via era a cama estreita e desarrumada, uma pequena cômoda e uma mala sobre ela, o que fazia supor que ou estava ali de passagem ou simplesmente não tinha muitas posses. Um velho gravador tocava uma música meio lenta, com uma batidinha suingada e uma melodia com uma voz amável. Destoava. A música definitivamente não era uma trilha sonora condizente com aquele caos. Letra triste, mas era até alegre.

As coisas não podiam ser fáceis, não teria sentido algum. Seria talvez tão previsível quanto encontrar ali abertamente o que estava pensando daquilo tudo. Acordou ainda um pouco tonto, atordoado com tanta informação, mas preferiu ficar deitado, pensando na vida e em como passaria por aquilo tudo. Dormiu e acordou ainda várias vezes naquela mesma tarde, numa tentativa infantil de fazer aquele pesadelo voltar a ser um sonho lindo. Levou muito tempo pensando em como poderia falar tudo o que estava pensando, mas nem ele mesmo sabia, não podia formatar a confusão de sentimento que poluia sua mente.

Lembrou várias vezes dos encontros escondidos e deixou-se levar pelo sono. Assim conseguia sonhar com ela, com o seu cheiro, com o toque do seu cabelo lindo e liso. Pronto! Tudo estava certo, normal. Mas aí de súbito acordava novamente e caía em si, percebendo o inferno no qual estava mergulhado. E nessa sequência desgastante, da euforia à decepção, enfim dormiu até o outro dia. Acordou incomodado pela luz do sol que entrava pela tal fresta na janela, que ia bater ironicamente bem no seu rosto. Ainda pensou, mas não fez muito esforço para achar que tinha sido apenas um sonho ruim. Encarou de frente e foi viver o seu dia.

Parecia mais vivo que de costume, mas continuava achando que sua vida não estava fazendo muito sentido. Quase nada lhe empolgava mais como antes. Sentou num banco esperando o ônibus e passou a reparar numa conversa torta do casal ao lado. Uma linda historinha piegas sobre um casal de velhinhos que tinham uma forma bem particular de demonstrar carinho. "Haverá de ser pra sempre". Escreviam isso e guardavam nos lugares mais inusitados, a fim de surpreender o outro. O rapaz, nitidamente interessado em impressionar a mocinha com a história bonita, contava as situações mais românticas sobre o casal de velhinhos. Mas aí seu ônibus chegou e não teve como ficar para ouvir o final daquela novelinha. Tomou a condução, sentou no último banco e continuou a pensar na sua vida. Pra que mentir? Será que também era mentira? Por que não pode ser fácil? O passado volta? Ou seria só um novo futuro, comum? Bem! Isso ele só vai saber quando acordar.

domingo, julho 20, 2008

mentiras amargas

eu menti
sou mesmo um idiota
mas eu estava sentindo que isso ia acontecer
não me engano com aquele frio na barriga.
não fiz nada daquilo que te disse
o barzinho e os três chopes sem graça
que foi tudo que fiz aquela noite
estavam péssimos
preferi voltar pra casa
e me perder pensando em você.
precisava ouvir o que tinha medo
te dei uma forcinha e me arrependi
simplesmente porque eu nunca imaginei
que você também iria
mentir pra mim.
:´(

sábado, julho 19, 2008

She doesn't exist

If I Fell - The Beatles
Composição: John Lennon / Paul McCartney

If I fell in love with you,
Would you promise to be true
And help me understand?

'Cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holdin' hands.

If I give my heart
To you,
I must be sure
From the very start
That you
Would love me more than her.

If I trust in you
Oh, please,
Don't run and hide.
If I love you too
Oh, please,
Don't hurt my pride like her

'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.

So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two

'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.

So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two.
If I fell in love with you.



domingo, julho 13, 2008

Tão!

Não posso ser falso. Aquele lugar tão antigo, tão cheio de histórias e lembranças, minhas e nossas, e algo meio tão novo por ali que foi inevitável passar a noite lembrando de você, da gente, de nós. Não me peça pra não lembrar. É a melhor coisa que tenho nessas noites. É como faço pra ter você perto de mim. Tantas pessoas conhecidas, amigos e conhecidos em comum. As músicas bregas com um jeito novo, tão boas, tão modernas... tenho certeza que você iria gostar. Se não das músicas, do nosso lugar de novo, da gente juntinho ali, abraçados, eu atrás de você, sussurrando a letra romântica de cada música.

Incrível como pelo menos duas delas se encaixam perfeitamente com tudo que queria te dizer, hoje e durante todo esse tempo. Vê só! Tão brega e tão real. Tão meu e tão seu. Tão certo, fácil, sem complicação alguma. Joga tudo pro alto, vem ouvir minhas músicas, cantadas baixinho no seu ouvido. Vem ver aquele filme romântico comigo, pra eu ganhar vários pontos contigo. Relaxa do meu lado. Se deita no meu colo sem peso, entregue. Se entrega de verdade, com tudo que tu tem, com todo o sentimento. Esquece aquele zunido seco no banco de trás. Vem pra mim. Vem ser minha de novo e pra sempre. Chiclete de uva e alguma coisa parecida com chocolate.

Fiquei desgraçadamente mais impressionado como sou mulherzinha apaixonado, achando o máximo o jeito largado do China incitando o amor, a paixão e todo tipo de sentimento bobo que teimo em sentir por ti. Tem uma história de ficção muito mais séria pra ser contada. E uma carta postada pelo correio, que é realidade pura, e que só cabe a você ler e entender.

A letra (vale a pena acompanhar): Eu te amo e Detalhes





domingo, julho 06, 2008

Você não serve pra mim

Ouvi um dia desses uma afirmação que me deixou intrigado. Pensei, pensei e cheguei à triste conclusão de que esse alguém estava coberto de razão. É mais ou menos o seguinte: na vida (vixi!!!), duas pessoas jamais estão na mesma sintonia (parece absurdo anti-romântico, mas calma). A grande questão é que, por mais que duas pessoas se gostem, se amem de verdade, sempre uma delas vai estar "correndo atrás".

Pare, pense e reflita. Você vai ter que concordar. Seja um namoro de muito tempo ou um simples caso passageiro, duas pessoas estão sempre na gangorra. Não que isso seja ruim, faz até parte do processo. O duro é ter que encarar os fatos e ver que ou estamos correndo atrás ou alguém está correndo atrás da gente. Ou damos um fora ou levamos um, bonito. Mesmo no namoro mais entrosado, sempre tem aquele momento que você "não está nem aí" e outros tantos que você sente aquele medo de perder a pessoa.


Ouvi também (e aqui eu não concordo muito, mas tem seu sentido) que uma pessoa passa a ter medo de perder o outro quando descobre a existência de um terceiro, seja ele um ex, um fica antigo ou um paquera novo. Saber que, se vacilar, vai vir outro e tomar seu lugar, parece perturbador pra grande maioria das pessoas, que então passam a fazer tudo para não perder o amado em questão.

Lembrei disso ouvindo uma música e pensando em cantá-la para alguém. Aí fiquei pensando que, provavelmente, alguém tem (ou já teve) vontade de cantá-la pra mim. Você, com certeza, já ouviu uma música e lembrou de uma pessoa. E agora deve estar pensando na mesma música e imaginando quem já ouviu-a pensando em você.

Você Não Serve Pra Mim
Roberto Carlos
Composição: Renato Barros

Não fique triste não se zangue
Com tudo o que eu vou lhe falar
Sinto demais, porém agora
Tenho que lhe explicar...

Você comigo não combina
Não adianta nem tentar
Não vejo mais razão nenhuma
Para continuar...

Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!
Não serve prá mim!...

Uma palavra de carinho
Jamais ouvi você falar
Seu beijo tão indiferente
Foi o que me fez pensar...

No tempo que eu estou perdendo
No amor que eu tenho para dar
Deve existir alguém querendo
O que você não quis ligar...

Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!...
Não serve prá mim!...

Pode ser que alguém
Lhe queira dar
Um grande amor
Quero que você seja feliz
Com outro alguém
Porque eeeeeeeeeeeeeu!
Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!
Não serve prá mim!...


sexta-feira, julho 04, 2008

Música pra declamar

Eu Sei Que Vou te Amar - Tom Jobim
Composição: Vinícius de Moraes

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

quinta-feira, julho 03, 2008

Uma viagem e a carta de amor.

Semana passada eu estava viajando. Acho que não tem mais o que esconder. Conheci coisas novas. E voltei ouvindo uma música e lembrando de ti. Aprendi mais um pouquinho. Como é bom sonhar acordado contigo de novo. Mas tudo isso é de se esperar de cada nova experiência. Lembrei de como eu gostava de tudo aquilo, de tudo em você. Lembrei que a vida é cheia de surpresas. Amo aquela rotina até hoje. A impressão que temos das coisas nem sempre condiz com a realidade. Lembro do toque do seu cabelo, lindo. Lembrei, sobretudo, que a vida é cheia de surpresas. Lembrei do seu jeitinho. E que é isso que torna tudo tão legal. É engraçado ver como somos imaturos. E como tudo é tão misterioso.

Tantos presentinhos que não te dei.
Os eu te amo que não disse. Fiquei com saudade do passado. Tantas conquistas. Quanta coisa que quis te ligar pra contar. E senti falta dos bate-papos de madrugada. Pra pedir tua opinião. Tantas viagens. Todos os dias. Um mês pra ficar com você, que era tudo que eu podia. Que nada, uma pena.

Eu quis fazer isso logo. Poucos dias, poucos meses depois. Não tive coragem. A vida seguiu seu rumo. Nunca deixei de sentir. Você também não. As verdades não se acabam. Hoje eu tive um tempinho livre e pensei na qualidade de vida. Lembra? E entre tantos filmes de suspense, a história era um romance água-com-açúcar perfeito.

Fiz programas diferentes. Diferente de tudo. Estamos tão perto. Sei que pra mim é mais fácil. Ouvi músicas novas e conheci gente nova. Percebi que, definitivamente, vivemos numa província. Abre mão de tudo. Não por mim. Eu não aguento mais trocar o dia pela noite. Tenho que me reacostumar ao ritmo das pessoas normais. Por nós. Te quero pra sempre. E essa viagem complicou tudo. Noites e mais noites acordado. Consigo ver a gente junto. Mais que tudo. E dias intermináveis de sono profundo. Treinamento, excelência de qualidade! O final feliz ridículo da pecinha de teatro da escola. E nós dois lá, felizes, vendo nossos filhinhos atuando. E mais sono. Muito mais. Happy ending. Te amo.

Um dia eu volto lá, pra te visitar.

Primeira coisa: você está na cidade mais linda do Brasil, quiça do mundo! Não esqueça disso. O seu caminho pro trabalho, seja lá onde for, certamente é um passeio turístico. E todo dia você vai ver que tem alguma coisa nova e linda que não tinha percebido ainda.

Segunda coisa: Quando você duvidar da primeira coisa, dá um pulinho em Búzios e, na pior das hipóteses, você vai estar a alguns poucos quilômetros do paraíso. O que faz do Rio um ponto de apoio e, assim, ainda mais perfeito.

Terceira coisa: De carro você vai a Parati pra um lado (sim, é longe! jeri também é!), Búzios do outro e Petrópolis pra cima! Sem falar de Angra! Aproveite! Depois fica muito mais longe. Faça a ponte aérea Rio-SP. É "relativamente" barato e dá pra se sentir um verdadeiro executivo da megalópole. Mas vá arrumadinha pra não ficar por baixo!

Quarta (e última) coisa: cada bairro do Rio é um lugar novo. E cada vez que você vai lá é diferente. Visite tudo, ande a pé (na época de frio. Aproveita que é agora!), vá ao Teatro (até cinema parece mais cultural), coma salada (no Forte e no shopping), dê uma charladinha no Poxxxto 9. Visite o Centro várias vezes, visite os museus e se interesse pela história do Rio. Você vai entender porque eles acham que ainda são a capital do Brasil. Suba o Morro de Sta. Tereza de bondinho, mas pule pra tomar uma cervejinha sem pressa lá em cima.

Mas vá de peito aberto, pra não voltar ou, pelo menos, pra não saber quando é. Como qualquer metrópole, é complicado, é mais fechado. O metrô dá acesso a quase todos os pontos turísticos. Mas não se resuma só a farras. Se entregue ao ritmo da cidade. Deixe ela te levar. Se entregue ao Rio. Afinal, o Cristo tá lá, de braços abertos pra lhe receber.

derrota que lembrou Vitória.

Vinha voltando pra casa, depois do dia, digo, da noite de trabalho que não era minha, a trilha sonora me deu uma boa inspiração e resolvi parar num posto e comprar só duas long necks pra segurar os pensamentos. Meu primo-muito-mais-que-amigo VituValdir me disse que deveria escrever mais assim. Como leitor e incentivador deste modesto blog, tem esse direito. E acho que tem razão também! As coisas fluem melhor.

Vi no posto o finalzinho do jogo do Flu. Qual não foi minha surpresa, minha mãe, fanática, tava em casa com a mão gelada vendo o finzinho do jogo. Penaltis! E os caras conseguem perder 3 cobranças! Bem (olha o otimismo!)! O motivo do post não era a derrota, mas lembrei do dia parecido com esse que cheguei em casa e vi pai e mãe delirando com o jogo do Sport. Na verdade, o jogo era do Flamengo, mas na minha casa de descendentes de pernambucanos, era do Sport mesmo. E o Leão da Ilha do Retiro foi campeão. Merecido, sem puxar saco! Mas o melhor foi ver minha mãe ali torcendo, muito mais pela felicidade do meu pai. E meu pai ali todo orgulhoso do seu time, do seu estado, de ser pernambucano.

O jogo chegou ao fim. Eu já tinha entrado no clima, em apenas 15 minutos de jogo. O finalzinho eletrizante meu pai assistiu de pé. Minha mãe, fazendo figa, viu o jogo acabar. Eu torci quietinho ali, achei massa! Saí de fininho e deixei os dois lá, abraçadinhos, comemorando a vitória do Ixportí. Que na verdade era a felicidade do meu pai de ser da Veneza brasileira! E da minha mãe de ser feliz ali com ele!

terça-feira, julho 01, 2008

Razão e sentimento

Disse isso para uma menina que estava se tornando especial, um dia: razão e sentimento não se dão muito bem. Quanto mais se fala, mais se pensa, mais o tempo passa, a razão vai ganhando espaço, se tornando mais clara, deixando transparecer a loucura que tinha por trás de todo aquele sentimento afobado. Então esse sentimento decanta, volta pro fundo do pote de lágrimas e a vida segue seu curso, assim, sensata.

segunda-feira, junho 23, 2008

CINEMA - Vale o ingresso?

Eu sempre fico me prometendo falar dos filmes que assisto. Seria uma ótima utilidade pública. Mas nem sempre tenho saco, ou nem sempre vale a pena perder esse tempo. Vou tentar resumir os últimos, sem resenhas ou sinopses, que eu já disse que isso a gente encontra mais fácil na internet. (Ah Não vou lembrar de todos!)

Indiana Jones - PORRA! Esse tem que começar com um palavrão! Não vale a gasolina que se gasta pra sair de casa. Sendo bem "opinioso", não vale arriscar a memória infantil que tínhamos do explorador americano dos filmes com bolas rolando e cavernas misteriosas. O roteiro não merece qualquer reivindicação dos roteiristas de Hollywood. Uma história imbecil, sem pé nem cabeça, que faz perceber que não vale a pena arriscar as boas lembranças do passado. Eu, sinceramente, prefiriria ficar com as memórias do passado, de quando eu visitei os estúdios do MGM e assisti atônito à historinha do herói americano.

Sex and the City - The movie -- Vale a pena o ingresso e a pipoca! Penso que seja improvável alguém gostar do seriado e não gostar do filme, ou vice-versa. Ou seja, isso é um comentário bem objetivo. Pra quem curtiu o seriado, encerrá-lo com um longa de cinema seria o sonho. E o filme corresponde: parece bem um excelente final para o seriado! Pra quem não acompanhou a saga de Carrey e suas amigas, ainda assim é uma experiência altamente válida. Ou seja, o filme se vale por si só! Por mais que se ampare no seriado, o roteiro tem vida própria e convence sozinho. Resumindo, mesmo vindo do seriado, o filme é um legítimo Longa-metragem.

Fim dos tempos - Poderia fazer uma lista de filmes sobre catástrofes que passam pela cabeça enquanto a trama se desenrola: Eu sou a lenda, Invasores, Cloverfield e por aí vai. A grande diferença é que o grande inimigo é invisível e muito bem representado pelo vento. Isso mesmo: vento forte, folhas balançando e uma música de suspense fazem a combinação perfeita para o mistério. A grande semelhança é a capacidade incrível que os roteiristas têm de fazer todos os desastres acontecerem na América. Eles até representam bem o sentimento de perseguição do povo americano, quando mostram as pessoas, mesmo sem saber o que é a tal ameaça, achando que se trata de um atentado terrorista. Conclusão: vale o ingresso, sim. Mas se só tiver a pipoca pequena, não compra, não, que sai muito caro.

Vem mais por aí! A Outra, Ponto de Vista, Ensinando a viver, Na natureza selvagem, O Nevoeiro, Southland Tales e outros que não tô lembrando agora.

sexta-feira, junho 20, 2008

Pra você.

Pra ti, pra alguém que escreve entrelinhas subentendidas em textos drogados incompletos, recitados por idiotas irresponsáveis com calças mal-amanhadas: fuck-off! ai dentro! Não tem nada a ver, mas lembrei de uma menininha inconvenniente falando de outro cara num recital. Só serviu pra me deixar mal! Nada demais, ninguém entendeu. [mais um palavrão] Te amo. Beijo Grande.

Thinking that things!

Uma pena! Fiquei bem chateado de chegar e ver que ela não estava lá, como estava virando costume, pra ficar ali até bem mais tarde conversando besteiras. Tem tanta coisa que eu queria dizer e não tenho coragem... ou simplesmente não devo mesmo. Depois desses chopps e uma única draft eu podia perfeitamente escrever isso pra ela. DIzer assim na lata, não! Mas digitar e ter todo o ciberespaço pra me defender ou esconder, seria bem fácil.

Well! Como dizem os americanos, otimistas por criação, ela tem a vida dela, cada um tem a sua. POIS BEM (viram o otimismo?!), a última long neck já passou da metade e eu não pretendo partir pras importadas de alto teor alcoólico. Minha casa não tem mais geladeira. Tenho que provar as coisas ao natural. Quem bom. Tudo natural, sem celular (que eu queria chamar de telefone móvel), sem internet, sem wi-fi, sem 3G e sem contato com o que não se quer. Isolado! Vendo na TV onipresente o comercial do novo sonho de consumo, que custa caro mas muito pouco pro que eu pretendo pra mim.

Desisti do show de rock que era exclusivamente pra ouvir música boa. Não pela música boa, mas pela falta de tempo pra trabalhar amanhã, já que decidimos não abrir mão das horas livres. Vai valer a pena. Demais! Não sendo assim, jamais teríamos qualquer tempo livre. Think different! O mundo todo está querendo comer bife!!! Até a super-população-asiática está comendo melhor. O que você diria sobre a relação entre um milho e um galão de gasolina? Uow! Things are changing!

Aguarda só um instante que eu decidi aceitar a holand beer. Back soon! Gosto horrível, álcool puro. Prefiro as drafts! E então eu me lembro de várias coisas, de várias pessoas e de inúmeras situações que não convém comentar. Lembrei demais da viagem que a encontrei numa ladeira por um acaso nem tão por acaso, quando depois fiz de tudo para deixá-la no lugar certo, do meu lado. Ali eu vi que era ela, mas fui bobinho demais e preferi achar que era cedo, assumi minha imaturidade. A viagem de ônibus de volta foi tão calma, estava tudo tão bom, tão bem. E eu, idiota, forcei pra estragar tudo. Pra fazer não valer a pena.

E dizem os bons que um bom post, de um bom blog, deve ter no máximo cinco parágrafos. Ou seja, cheguei ao meu limite, fim da linha. Cerrei meus punhos, me encarei no espelho, agradeci o dólar baixo e acreditei no ministro da fazenda. Não dei bola para o dragão da inflação. Qual é! Nem inventa de postar sobre economia brasileira, ninguém entende disso. Vi a nossa vida juntinha, ali. Pensei seriamente em te pedir pra largar tudo, essa sua mentira que eu sei que você não gosta mesmo. Pense bem. Não vou falar disso, dessa verdade. Meu parágrafo acabou. Beijo e boa noite. Te quero demais. Mais que tudo.


quarta-feira, junho 18, 2008

Playground Love

Detesto tudo isso. Essa minha mania idiota de insistir nas coisas, mesmo sabendo que vou me detestar lá na frente. Odeio minha curiosidade. Uma necessidade voyeur de procurar as coisas por ali, de me procurar. Desisti de escolher uma letra de música, de todas que ouvi hoje, pra colocar aqui. Desisti porque, na verdade, eu estava procurando algo que não quero pra mim. Fim.


I'm a high school lover, and you're my favorite flavor.

Love is all, all my soul.

You're my Playground Love.

Yet my hands are shaking.

I feel my body reeling, times no matter, I'm on fire.

On the playground, love.

You're the piece of gold that flashes on my soul.

Extra time, on the ground.

You're my Playground Love.

Anytime, anywhere,

You're my Playground Love.


Segredo pra amanhã. Pra outro dia, quem sabe.

Pegou as fotos antigas
Ficou ali a noite toda
Sem sono e com vontade de nada fazer
Esperando o tempo passar pra ver
Se amanhã terá mais sorte
De encontrá-la por aí

Só te ver
Já seria alegria demais
Mesmo sabendo que não poderia te ter
E nem ao menos sua mão tocar
Ou fala Ou ouve Ou aprecia
Sem ter mais o direito de te ter

E mais uma noite adormece
Sem saber o que será do futuro
O nosso futuro e o teu segredo
As fotos caem no chão
Mas deixa pra lá
Mais tarde eu arrumo tudo
Quando acordar.

terça-feira, junho 10, 2008

Injustiça, tristeza e felicidade.

Por um breve momento
bem breve
eu vi a tristeza naquele rosto
sempre tão feliz.

Não parecia preocupação
falta de tempo
briga, compromisso
nada disso.

E por um breve momento
nem tão breve
achei que não era justo
comigo e com ela
eu ser feliz ali
assim
sozinho.

segunda-feira, junho 09, 2008

Em algum lugar do passado

Saiu mais cedo do trabalho. Até porque fora lá só para bater ponto mesmo. Saiu muito tarde de casa, depois de recusar todas as chamadas insistentes do velho telefone preto da sala. Com algum sacrifício, levantou correndo e atendeu apenas uma, que avisava que o dia ia ser mais sem graça do que já estava prevendo. Devia ser a ressaca de um final de semana atípico, com pouca bebida e nada de farra. Pôs algo para tocar e viajou com as músicas que ouvira outro dia, naquela noite muito boa e muito estranha, paradoxalmente combinada e imprevista.

Pensou em assitir (a) um filme pescoçudo, mas logo desistiu de todos. Viu as horas no relógio passarem com a incredulidade de quem nunca tem tempo livre para nada. Perdeu um tempo danado decidindo entre o disco novo dos Beatles e um outro muito moderninho, como se fizesse muita diferença para sua inspiração. Discutiu um assunto importante que já estava lhe tirando do sério e viu sua vontade de fazer qualquer coisa se esvair nos últimos minutos daquela hora, a última do dia.

Foi procurar em algum lugar do passado alguma explicação para essa mudança constante de humor. Não havia motivo para isso, tudo tão normal, as coisas fluindo tão bem. Leu alguns trechos de Bukowski e de outro autor desconhecido, umas histórias chatas, sem graça e excessivamente cheias de álcool e desgraça. Nada do que queria. Talvez a explicação de tudo esteja mesmo em algum lugar do passado, talvez distante, talvez nem tanto. Mas, seja como for, já vale a pena pela trilha sonora, uma das melhores de todos os tempos.



quinta-feira, junho 05, 2008

Tirinha do dia perfeito


Um dia desses eu e aquela menina linda e cativante tivemos um dia muito pra lá de perfeito. E essa tirinha seria uma boa referência, apesar de não dizer tudo!








quarta-feira, junho 04, 2008

A dor voltou mas o sono veio.

Antes mesmo de começar a escrever já havia se arrependido de tirar a máquina de escrever lá de cima do armário. Se arrependeu do que escreveu ontem, o texto sem metáforas e numa primeira pessoa desnuda. Aberto demais, diferente das artimanhas que aprendera a utilizar. Se arrependeu, mudou de idéia, não quis mais. Foda-se se ela não se vê mais, se você não se vê mais, se vocês não sabem enxergar.

E acabou chegando à conclusão de que não vale a pena achar, ali naquela noite, que vale a pena, pra depois ter que carregar a cabeça pesada por aquela dor chata que não passa. Dor desviada, que devia doer no peito, mas que o próprio corpo engana, pra que ele sofra sem ter que parar de pensar. Ela é chata, pensou. E é mais arrogante que ele. É possível? Hoje foi. E ele achou que seria muita besteira perder seu tempo precioso pra ficar com raiva dela. Era melhor guardar aquela imagem linda que construira, que ela mesmo parecia fazer de tudo para desconstruir.

Escreveu sobre isso e sobre como andava se sentindo nos últimos dias, depois daquele fatídico incidente. Essa coisa de voltar ao normal estava lhe deixando irritado. Trabalhar na hora que não queria, falar com quem não desejava, beber pouco e tudo mais por pura falta de tempo... Pensar em guardar algum dinheiro e em como seria seu apartamento novo. Tudo isso parecia um saco e lhe causava uma insuportável dor. Dor de cabeça que começa a voltar e que nada mais é do que parte dele pedindo pra ter de novo e outra muito maior lembrando que não vale a pena ser infantil e afobado.

terça-feira, junho 03, 2008

Eu mesmo e um texto antigo.

Os grandes prazeres da vida por vezes se tornam obrigações tremendamente chatas e enfadonhas. Quando cansei de vez de coisas chatas e enfadonhas decidi voltar a ser eu mesmo. E fui procurar em incontáveis copos de cerveja, em todas as noites, o meu eu de novo. Voltei a falar com pessoas queridas que equivocadamente afastei de mim. Não faça isso jamais. Se eu puder lhe dar um conselho sincero, jamais. É uma besteira sem tamanho. Voltei a sair, a me divertir, a ir pros cantos que eu não gosto tanto porque "é o jeito", mas que acaba sendo bom do mesmo jeito! Voltei a fazer amizades despretensiosas e a sair com os amigos dos meus amigos.

Diminui o ritmo, fui voltando ao normal e hoje o trabalho me consome novamente. Dedicar todo meu tempo com essa loucura de trabalho me faz sentir vivo de novo. Muito bom! Mas pessoas se achando juízes da vida me põe pra baixo e eu perco totalmente a inspiração. Um tapa na cara. Me sinto agora tão normal que tudo isso não tem graça nenhuma. Me procuro naqueles textos ressucitados e não me vejo. Talvez tenha até algumas referências ou um jeito meu de escrever por ali, só de sacanagem. Mas um texto antigo, pensado, repensado e corrigido não tem nada casual. Sincero demais, mas podado e sabido demais. Já disse que eu não consigo ser assim. Vomito pensamentos. Tarde. Eu ali sentado, esperando aquele olhar enebriado e tímido de novo. Ele não vem... ou sou eu que não sei ver. Mais uma vez. Duas vezes.

As coisas vão se pondo em seus devidos lugares. Sozinhas ou sem muita ajuda. Não dá pra deixar de ser você por muito tempo. E mesmo sendo arrogante e metido a besta, lembrando de como fui trouxa, infantil, sincero e afobado, não posso ver algumas frases pensadas por ali que já fico todo besta. Eu me apaixonei pela inteligência. Mas hoje eu tô em outras, passou. Será? De onde veio essa vontade e a inspiração repentina? Quer outro conselho? Não deixe de fazer a coisa errada quando vir a hora certa! Só não seja afobado.

Eu ainda quero. Mas vou ter que esperar a hora certa. Aqui, sentado, sem aquele olhar e sem a tua mão. Eu voltei a ser eu mesmo. Ah! E ganhei meu anjo da guarda de volta! Bom demais. Tá pago.

domingo, maio 25, 2008

Sharing musics

Quem tem um iPod ou iPhone normalmente se depara, cedo ou tarde, com o mesmo problema: compartilhar suas músicas. Passar arquivos para outro computador ou outro aparelhinho pode ser uma tarefa ingrata e estressante. Muita gente nem sabe (geralmente usamos sempre o mesmo computador), mas o iPod só sincroniza com um único iTunes. Ou seja, se você pretende pegar aquelas músicas no computador do seu amigo, terá que "limpar" toda sua lista. Coisa que quase nunca vale a pena.

Mas nem tudo está perdido. Pelo menos pra quem usa Mac. Existem vários programinhas que extraem as músicas do iPod. O problema é que os arquivos obtidos vêm com as informações todas embaralhadas, o que é um saco! Achei esse programa, o iPod Access. Com ele, você "puxa" as músicas mantendo todos os dados como título, artista, álbum etc, e ainda tem a opção de enviar direto pro iTunes. Assim, sempre que você quiser pegar novas músicas, basta extrair as existentes no seu iPod, sicronizar o aparelhinho com o iTunes e depois "uploadar" tudo no iPod de novo. É uma mão na roda!

Outra solução é esse novo gadget, o MiShare, que eu vi no Cool Hunter. Não sai de graça como baixar o programa descrito acima, mas tem a grande vantagem de eliminar a presença do computador no processo. Promissor, rápido e prático. Eu queria testar! A desvantagem é que a buginganga aí não funciona com iPhone ou iPod Touch, ainda. A próxima atualização do software deve resolver essa incompatibilidade. Está dada a dica.

terça-feira, maio 20, 2008

Best-seller

O poeta quis, por várias vezes, escrever pra ela, ou sobre ela. Ela sempre o inspirou em diversas coisas. Mas... pra escrever, não. Definitivamente. Talvez a pressão, a obrigação e todo aquele desinteresse pelas coisas escritas que ela demonstrou desde o começo. Aqueles sentimentos, toda a história romantizada do passado aflorado pelos meios tecnológicos, nada disso parecia inspirá-lo. Naquela cabana, velha, úmida e mofada, acompanhado por algumas garrafas de uísque e por nenhum gelo, tentava, enfim e em vão, terminar aquele livro. Lhe faltava agora a inspiração que há pouco ainda restava, que a moça de cabelos bem pretos levara embora. Tudo parecia muito complexo e aquele livro, de escrita rebuscada, ia ganhando um insuportável ar pesado que acabaria por torná-lo impossível de se ler.

Lembrou da menina ruiva, que vira dias atrás e com quem falou de forma bem polida, antes de decidir se isolar naquela montanha. Lembrou de como se deram bem, cativaram amigos em comum e, aos poucos, foram se afastando, deixando que as intrigas fossem mais importantes. Hoje, se respeitam e até brincaram com uma certa dívida de honra que ele tem e que ela insiste em não considerar. Preferiu dormir, mais embriagado por seus pensamentos do que pelas incontáveis doses "cowboy" que bebera durante toda a noite. Fez todo esforço e caiu no sono pensando na menina especial com quem tentava, mesmo sem saber, acender de novo qualquer vestígio de ser humano que ainda havia dentro dele. E como os sonhos pregam peças inimagináveis, sonhou com uma pessoa do passado, dessas que a vida trata de nos afastar. Ele estranhou, nem sequer pensa nela. Haviam se visto há algum tempo em uma viagem, mas nada além disso.

Acordou no outro dia já de tarde, preso à cama por uma ressaca massacrante, dessas que temos depois de uma noite de porre, embasada pelo fim de um romance mal resolvido que na verdade nunca começou. Lutou bravamente com o edredom e foi pôr qualquer coisa pra ocupar o vazio no estômago. Foi aí que lhe surgiram os flashs da noite anterior, assim sem muita lógica e totalmente fora de sequência. Lembrou sobretudo da menina do passado, de como ela havia sido tão especial há tanto tempo atrás. Sabia por outros que ela havia casado com um cara escroto, que estava muito bem no trabalho e que havia tido uma filhinha linda. Aquele tempo frio, a ressaca e todos aqueles pensamentos amargos acabaram sendo a única inspiração para o trágico fim daquele trabalho já tão penoso. Voltou para a cidade, entregou seus manuscritos e foi se isolar em uma praia deserta, pra continuar fugindo do mundo. Por muito tempo não quis saber do resultado, mas podia imaginar um fracasso sem tamanho.

quarta-feira, maio 14, 2008

Música pra ler e ouvir

The Scientist - Coldplay
Composição: Berryman/Buckland/Champion/Martin

Come up to meet you, Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you, Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions
Oh let's go back to the start

Running in circles, coming tails
Heads on a silence apart

Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start

I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, Come back and hold me
Oh and I rush to the start

Running in circles, Chasing tails
Coming back as we are

Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start


Pausa pra viagem

Parece que este modesto blog já tem alguns leitores asssíduos. E mal acostumados com a enxurrada de posts do primeiro mês. Recebi algumas reclamações sobre a falta de novas postagens, mas estava viajando, conhecendo a belíssima capital da nossa federação. Depois vou ver se considero a sugestão da Juliana de escrever sobre a viagem. Tenho também umas músicas e uns "assuntos sérios" pra postar. Não vou mentir que ando um tanto sem inspiração, mas já já eu pioro de novo e tudo volta ao normal.

Nessa viagem, fui muito bem ciceroneado pela Grace e pelo Neto, que já são praticamente candangos. Aí lembrei de linkar aqui do lado, em "Amigos", a pequena e já querida Sara, que deve dar o ar da graça lá pra setembro. Pra quem não tem o link e quer acompanhar a saga de Sarinha está dada a dica! A Grace bem que podia continuar escrevendo no blog até a Sara aprender a escrever. Aí ela assume o blog e, em pouco tempo, entra no Livro dos Recordes como o blog mais antigo do mundo. Eu acho que dá certo!

sábado, maio 03, 2008

Textos drogados num porta-retrato.

.:ALVORADA:.

Dez meses depois,
pouco certo do que havia feito,
mandara um anjo.

E cuidou para que seus caminhos se cruzassem.
Sem entender, a voz, a presença, o olhar...
um simples lembrar faria um bem,
infinitesimal, incompreensível.

Anjos existem.
Naquele nascer do sol,
eu vi o meu
e o vi por dentro.
Eu tenho mais agora.

quinta-feira, maio 01, 2008

Essa noite que não termina.

Noite longa.
O tempo não passa.
O relógio não anda.
Segundos que parecem minutos.
Horas intermináveis.
Você aqui, ocupado.
Corpo ocupado.
Corpo presente.
Mente que só pensa nela.
Noite sem fim.
Espera ingrata.
Certeza boa.
Espera que vale a pena.
Ela lá, desocupada.
Só pensando em você.
Esperando você.
Pra espera valer a pena.
A distância acabar.
O tempo parar de vez.
E a noite realmente não ter fim.

terça-feira, abril 29, 2008

Códigos de honra.

Um dia você aprende que não pode julgar as pessoas por seus atos. Mesmo que você tenha plena convicção da sua superioridade, da sua experiência. Aprende, um dia, que não erramos por imaturidade, mas porque em alguns momentos é simplesmente impossível vencer nossos sentimentos.

Um dia você aprende que, por mais racionais que sejamos, vai vir alguém por quem vale quebrar todas as regras, todos os códigos de honra. E que cercear e proibir para mantê-lo afastado dos "riscos" é uma estratégia muito arriscada. Um dia essa pessoa começa a ver onde está o risco de verdade. Aprende, um dia, que as pessoas não precisam ser iguais, nem muito menos completamente opostas, para seguirem em frente juntas. E que um dia o amor eterno passa, a paixão irracional passa, a raiva de um final triste passa... e depois fica um sentimento bom de que aquela pessoa valeu a pena e de que "foi bom enquanto durou".

Um dia você aprende que somos todos mutantes. Nossos interesses mudam, nossas personalidades mudam, nossas roupas mudam, nossos cabelos mudam... Aprende, um dia, que as pessoas que gostamos mudam e que nem sempre estamos preparados para amar essa nova pessoa.

Um dia você aprende, por fim, que tudo aquilo que você ensinou, do alto da sua experiência, não passa de uma grande bobagem. Porque aí os seus sentimentos vêm e te traem. E você acaba esquecendo que podemos até pensar e falar certas coisas, mas que escritas elas pesam muito mais.

segunda-feira, abril 28, 2008

Top 10 Reviews



Fuçando na Internet atrás dos últimos lançamentos do cinema, achei esse site. Verdadeira utilidade pública. Os caras fazem um ranking dos melhores filmes e das melhores músicas ano por ano, de todos os anos. É, digamos assim, uma mão na roda pra quem gosta de se antecipar e baixar uns torrents de boa qualidade dos filmes que demoram a chegar por aqui. E que muitas vezes nem chegam. Você pode até usar como desculpa que é só pra ver se vale a pena ver no cinema. Eu fiz isso com Jumper e Across the Universe. Vale a pena? Corro pro cinema!

O link com o ranking de 2008 é esse: http://movies.toptenreviews.com/list_2008.htm
Pra ver o ranking de qualquer ano é só ir na barra lateral à esquerda na tela. Boa diversão!

sábado, abril 26, 2008

o sonho de mentira?

uma menina especial disse que as pessoas não sonham assim com as outras. é uma invenção pra se reaproximar. e um cara lá sonhou com ela, um sonho sobre traição. e no outro dia aconteceu tudo aquilo que conversaram. fiquei bem impressionado com a história, mas dormi. não sei de onde vem isso, mas sonhei contigo! um sonho estranho onde a gente já tinha alguma história, nada talvez, e que aquilo ali era o ponto final. Vieram uns caras, uma história parecida e eu acordei. Puto. Puto e achando que aquilo tudo ali era mentira, só uma desculpa pra se aproximar.

Ele, ela e o cara otário.

Ontem tinha tudo pra dar certo. Ela estava ali, do seu lado. Ele chegou a acariciá-la, lhe deu um beijo singelo. E quis dar outros tantos muito mais quentes e muito mais apaixonados. Ela é linda, pequenininha e especial. E esteve tanto tempo ali e ele nem percebeu. Ou não podia.

E o cara otário, no dia mais especial da sua vida nos últimos tempos e do qual ele não fez parte, chega todo arrogante. E eles até aproveitam, porque talvez seja disso que sintam tanta falta. E ele, que achou aquilo tudo barato demais, criou coragem e falou o que queria. O cara foi tranquilo, muito mais pelo momento e pelo efeito do álcool, e transformou o seu orgulho numa autorização arrogante e prepotente.

E ele, que não tinha nada a ver com aquela noite que não era dele mesmo, preferiu ficar quieto, sozinho... Ia só escrever uma carta de amor disfarçada com eles, elas e caras otários, pra vê se ela entendia que aquilo tudo era pra ela, sim. Pra ela e pra mais ninguém entender. Ou entender errado e achar que é para si. Mas aí veio aquela outra história, a traição e otários egoístas pensando em si mesmo e falando sozinhos.

(Eu juro que ainda consigo só falar coisas lindas e só sobre a gente).

O número três.

Caralho! Caralho e filho da puta. Eu nunca usei tanto essas duas palavras. O cara vê aquela pessoa entrando pela porta e pensa em não falar com ela. Até porque, se ele não o fizer ela bem que passa despercebido. Ela que não deu nada pra ele. Que ficou ali, confortavelmente, pagando com sorrisos falsos ou insossos todo o esforço que fazia pra agradá-la. E o besta véi continua fazendo, porque aquela menina engraçada virou a alegria do seu dia, de todos os dias. E ele a definiu como intensa. E aí ela vem e diz, sem ninguém saber se é sério, que não vai mais voltar, que vai ficar lá com o outro, o que ela nem quer tanto como ele pensava.

Ele tentou algumas vezes contar a novidade besta, que não voltou pra contar pra todo mundo só porque ela, que era quem importava, não estava mais lá. Mas ela só pensa nela. Ele não chorou, mas ainda assim caíram três lágrimas, uma de raiva e duas boas. Ela conversou todo aquele fim de madrugada sozinha, vendo o otário se lamentar enquanto ela se sentia a otária da sua história. Viu como era verdade?! Viu como ele sonhou contigo e como o sonho era sobre traição? Mas não se preocupe. Ele vai responder, sim. Mas não como você espera. Ele vai devolver tudo em dobro e, muitos anos depois e quando essa história não importar mais, ele vai se arrepender. E vai ser tarde demais. E ela vai te pedir desculpas e vai continuar com ele.

Um dia ele vai esquecer teu nome, talvez. E vai ficar a idéia de que foi perdidamente apaixonado por uma menina com quem sonhou três vezes. Sozinho e junto... E depois acordou triste. E voltou pra sua vida apressado. Três vezes. Esse número é interessante, mitológico. Vários heróis passaram por três tarefas. Jó, no Velho Testamento. As três provas de Jó. Mas não foi escolha dele. Ontem, hoje e amanhã. E nem um dia a mais. E você esqueceu de avisar que ele não precisava pensar mais. Sabe o que ele queria de verdade, mais que tudo? Sim, você sabe. De verdade. Três vezes. Mas não era disso que você estava falando.

*Esse texto contém (umas poucas) frases roubadas, de mim mesmo e dela, e conversas de msn.

sexta-feira, abril 25, 2008

Inspiração

Ah! Eu vou voltar a ler a coluna do Macaco Simão e a bíblia do Millôr, o definitivo, que é pra apurar meu sarcasmo. Porque não existe texto mais brilhante que aqueles com pitadas de sarcasmo escondidas entre as palavras ou nas entrelinhas. Vai esperando!

O menino de rua e aqueles playboys bacanas

Falar de tudo que haviam conversado seria muito trivial, muito menos inteligente do que ele estava se acostumando a ser: um verdadeiro filósofo, como disse a menina importante que acabou de voltar. Era melhor recortar a história na sua parte mais insignificante.

Eu já vinha exausto de mais um dia chato de trabalho na rua. Passei por ali e vi aquele casal bem entrosado conversando. Eles pareciam isso, entrosados e encaixados. Mas não vi amor ou paixão naqueles olhares. Atrapalhei e pedi um cigarro. Ela me deu. Ofereceu o isqueiro e eu saí apressado pra tentar ganhar um último trocado qualquer. Mas o cara me chamou de volta. Olhou bem no fundo dos meus olhos (e ninguém olha nos olhos de um menino de rua) e disse: "Eu te conheço!". Eu lembrei do cara na hora, mas não conseguia acreditar que ele lembraria de um menino de rua em um dia tão banal.

Os caras playboys me chamaram e me puseram pra sentar na mesa deles naquele restaurante de bacanas. E os bacanas ficaram horrorizados, mas eles não permitiram que o segurança me tirasse dali. "Ele é meu convidado"! Eles riram e se divertiram demais com as minhas conversas mentirosas. E ficaram impressionados com a vida na rua, com quanto eu ganho engraxando sapatos e olhando carro, com a prisão do meu irmão e com o fato de eu te engravidado uma menina da minha mesma idade.

E ali naquela noite o cara lembrou de tudo isso. Se preocupou com meu irmão e se aliviou com o fato dele estar solto. Deu pra sentir o orgulho dele em ver que eu não havia fraquejado como ele. Perguntou pelo bebê e riu pelo fato deu estar pagando até pensão! E eu meio ainda desconsertado com aquele diálogo imprevisto, me apressei pra ir embora. Ele esticou a mão e me cumprimentou como a um dos playboys bacanas. Fui.

E quando já ia me perdendo de vista lá na frente, ele grita e, de novo, apavora os bacanas. Voltei. Ele tirou uma nota "graúda" da carteira de grife e me deu como um presente. Mas o mais massa foi sentir que aquilo não era uma esmola. Pareceu muito mais um prêmio, uma homenagem por eu ainda estar vencendo a vida. Fui de novo apressado e ouvi seu pensamento: "Esse garoto merecia uma chance de verdade".

Diálogo fraco e trilha sonora horrível.

- e aíííííí?!
- e aí o que?
- o meu amigo! o nosso amigo!
- é difícil.
[silêncio] [sobe BG de forró tosco e vozes]
- difícil é tu, que fica aí botando banca!

Ele voltou e esse papo-cabeça acabou por aí. Pense!

quinta-feira, abril 24, 2008

Eu erro, mas é pouco!

Depois daquela discussão véia besta sobre erros gramaticais, eu fiquei me perguntando se minha intuição havia falhado. Quando tenho dúvidas de português, eu penso na frase que minha mãe ensinou, tipo: "Quem beija, beija alguma coisa ou alguém". Aquelas regrinhas de VTD ou VTI, tá bem, verbo transitivo direto e indireto. Não lembro e não tô afim de pesquisar. Vai no sabe-tudo, o Google.

Eu fui! E de cara achei esse texto do
Hélio Consolaro. Cronista da Folha da Região (um jornal de Araçatuba/SP), coordenador do site Por trás das letras, professor de Português do Ensino Médio, autor de três livros e membro da Academia Araçatubense de Letras (isso está lá no site!). E transcrevendo tal e qual:

"Não é possível reduzir o ensino da língua em certo ou errado. Como também não se diminuem os erros em propagandas ou placas por decreto, estabelecendo multas. A questão é cultural. O verbo "assistir" tem duas regências que são aceitas por brasileiros de qualquer região, com variados graus de escolaridade.

A regência "assistir a" está franco declínio no português do Brasil, quase extinta. Nem os falantes cultos respeitam essa regra tradicional. Segundo o lingüista Marcos Bagno, "esse verbo passou por uma mudança semântica, isto é, uma mudança de significado, que provocou também uma mudança sintática, ou seja, no modo desse verbo se relacionar com as outras palavras da frase".

O mesmo lingüista afirma que em latim, assistir significava "estar junto a" alguma coisa, "comparecer a" algum lugar. Esse significado original se perdeu e o verbo passou a ser interpretado com o sentido de "presenciar", "ver", "observar", "freqüentar": assisti o filme; assisti uma briga; assisti o jogo; assisti um curso. Essa mudança corresponde às novas necessidades de expressão dos falantes, ela obedece às regras intuitivas de sua gramática materna. O uso do verbo assistir com objeto direto, sem a preposição "a", já está consagrado na literatura brasileira, além de ser amplamente usado por profissionais da língua escrita.

E Bagno completa: "Infelizmente, porém, a regência arcaica, obsoleta e moribunda continua sendo cobrada por algumas pessoas que se recusam a aceitar que a língua muda, como todas as outras coisas da vida do mundo"."

E estamos conversados! E me dá licença que eu vou ali assistir O filme, tá! Ô bicho otário!

quarta-feira, abril 23, 2008

O drama musical

Assisti esses dias o filme Once (Apenas uma vez, Irlanda, 2006). Um drama/romance/musical (como classificou o site Interfilmes) sobre um músico de rua que ganha a vida cantando as músicas que todos gostam, mas que ele não gosta, nas ruas de Dublin. E sobre uma moça, vendedora de rosas e apaixonada por piano, que ele conhece meio que por acaso. O filme é curto, meio bobinho e muito despretensioso. Parece que você está espiando a vida daquele cara que sentou do seu lado no metrô, outro dia. E meio que parafraseando o jornalista da Veja, é por isso mesmo que o filme é tão bom. Bom pra ver quando se tem pouco tempo, quando está sem sono ou quando a companhia é tão interessante quanto o filme promete.

Quanto ao gênero de filme que Once se enquadra... bem, isso já rendeu uma discussão véia besta com a Rafinha, que tem a opinião dela e não tem quem mude. Mesmo sem ter visto o filme ainda. O que não é necessário, já que falávamos do conceito de Drama e Musical. Pra ela, Musical é qualquer filme onde a música seja parte fundamental da narrativa, mesmo que os atores não fiquem pinotando e "dançando na chuva"! Beleza! Mas eu já acho que é um Drama e que a música, que faz parte da trama sim, está ali porque o cara é músico e ela, apaixonada por piano. Se ele fosse poeta e declamasse seus escritos e sonhasse em escrever um livro com a ajuda dela, ainda assim a mensagem do filme continuaria lá. E seria bom também, apesar da música ser bem mais interessante. Por isso que eu acho que tem música, sim, mas é um Drama.

Assista e tire suas próprias conclusões. E depois discuta com seu colega de trabalho teimoso da mesa ao lado. Ah! Depois que você assistir, lê o post "Um velho, a árvore e um conselho". Você vai entender. E taí o trailler pra dar um gostinho.


O par perfeito.

O que você acha que passa pela cabeça de um cara que vê uma linda menina e a primeira coisa que ele pensa é que provavelmente nunca mais, jamais, vai tornar a vê-la. Amanhã ele pode já ter esquecido. Afinal, não sabe sequer o seu nome.

Ela pode ser aquela menina de camiseta laranja, que ficou na esquina te vendo passar e quase leva um pouco de você ao fitar teus olhos. E que ele pensou, sim, em voltar lá, mas já estava muito atrasado para o encontro com a outra, que ele sabe que não é a mulher da sua vida. Ela pode estar em qualquer lugar, naquele mais inesperado, de shortinho de ficar em casa e sandália rasteira. E ainda assim ser linda, meiga e perfeita pro resto da sua vida. Ela pode estar ali, na fila do exame do laboratório! E ele pensa em fazer alguma coisa, rasga uma folha de caderno, pede uma caneta emprestada e escreve tudo isso aqui. Só que aí ela já foi embora e eles nunca mais vão se ver. Jamais.

O médico e o louco

Aquele foi, sem qualquer dúvida, o pior episódio da minha vida. Uma novela inteira. E eu não tinha nada a falar pra responder àquele monte de besteiras que me diziam, de que ia ficar tudo bem. O mundo tinha entrado em parafuso. Mas acho que era só o meu mundo. Aí foi naquele dia, o pior da minha vida, que o médico veio falar. Assim, "na lata", sem arrodeios nem analgésico. Soltou aquela tonelada de verdades sobre meus ombros e, ainda tão novo, tive que virar adulto. Assim, de uma hora pra outra e sem dar opinião. Ele foi duro, grosseiro até: "Você não é mais criança. Não adianta pensar que tudo vai ficar bem. Eu estou lhe dizendo que não vai. Ele não vai ficar bem. É só uma questão de tempo e isso vai acontecer hoje. Se prepare para o pior dia da sua vida e seja homem. Sua mãe vai precisar muito de você hoje". E saiu sem dar mais uma palavra. Mas falou, direto, o que eu precisava ouvir.

Chorei muito, mas muito menos do que viria pela frente. Arrumei demorando, procurei a culpa em mim, não achei e fui enfrentar o inferno daquela noite. Aquele lugar era horrível, tenebroso. Tinha mesmo cara de um lugar reservado para coisas ruins. Aí naquela noite, a pior da minha vida, que o louco veio falar. Foi mais carinhoso, me abraçou de lado e me apresentou os cômodos, as salas de tortura. "Essa noite é sua. Faça o que você quiser. Chore, se quiser chorar. Ria, se quiser rir. Sua mãe vai ficar aqui. Fique aqui, se você quiser. Se esconda, se você quiser." Chorei, muito. Ri, uma única vez, e não me senti culpado por isso. Aquele dia era meu e eu podia fazer o que quisesse, não era mesmo? Me escondi. Chorei quase tudo que podia e fui dormir, exausto. Porque o outro dia era só a continuação daquele, que foi o maior e pior dia da minha vida.

Todos vieram a mim e falaram. Coisas bonitas, palavras bonitas e frases prontas. Até música pronta. E numa panorâmica eu vi cada rosto conhecido desfigurado pela tristeza, enquanto aquela caixa descia para sempre. Naquele dia de quarenta e oito horas, o médico e o louco foram mais sinceros, falaram o que eu devia ouvir. Só que o louco foi um pouco mais sensato.

Parabéns! Esse ano você já roubou pra vocês.

Meu sócio-amigo, amigo-sócio!!! Parabéns, cara! Sucesso na vida e no trabalho. Talento e vontade você tem de sobra, pra dar e vender. Dar não que você é publicitário. Pra convencer e vender, então. Esse podia ser só mais um ano, mais um feliz aniversário, outro aniversário bacana e as velhas piadas infames sobre a velhice precoce. Mas esse ano vocês decidiram dar o grande passo. "Lascou-se!" E não vai ser mesmo só mais um ano. 2008. Pra lembrar desse ano, que é seu e dela. Feliz aniversário e parabéns, pra vocês.

Cerveja viciada


Essa tirinha está mesmo a cara desses dias de farra! Roubei na cara dura do orkut da Manu, a eterna cachorrona! Gente fina demais.

Marcado.

Agora que tô percebendo que pode ser pra valer.
Bom pra valer.
E que não tem nada de errado nisso.
Nada dessa história de honra.
Tudo parte de uma grande bobagem.
Pra justificar a posse.
Um sentimento de que mesmo não sendo,
aquilo ali é seu. Marcado.
É nada! Pode até não vir a ser meu.
Mas seu... não é mesmo.

Eu tenho que parar de pensar assim,
pra depois escrever as coisas bonitas que pensei,
enquanto a Lucy e o Jude se beijavam
pela primeira vez.


O velho, a árvore e um conselho.

Caminhando pela estrada de terra, depois de um dia duro de trabalho no campo, quando ia passando por aquela única árvore no caminho, de copa larga e sombra generosa, viu o velho sentado que o chamou: “Por toda sua vida você vai sempre cruzar com uma pessoa interessante. E você não precisa beijar sua boca para que ela se torne especial”. E simplesmente sumiu.

Across the universe. Rá! Eu vi no cinema.

Depois que eu assisti o filme com as músicas dos Beatles por meios, digamos, não legalizados, fiz propaganda pra deus e todo mundo. O filme é foda! Digo sem medo que é um dos melhores de 2007, se bem que a concorrência estava meio fraca. Ele figurou discretinho na lista dos selecionados do Oscar 2008, indicado para melhor figurino. Pelo amor de deus (pra não soltar outro palavrão)! E antes que alguém questione a indicação de melhor trilha sonora, vale lembrar que a categoria é, na verdade, melhor trilha original. Assim tá explicado!

Pois bem. Achei um absurdo sem tamanho um filme desse gabarito (gostando ou não dos caras, deve-se admitir: o filme é bom) não passar no cinema em Fortaleza e mais um monte de capitais. Ainda mais depois que lançaram, no circuito nacional, o Bob Dylan (I'm not there) por aqui. Com todo respeito ao Dylan e tal, mas os besouros de Liverpool foram muito mais importantes pro mundo todo. Numa tentativa fraca de se redimir com os fãs (dos Beatles e do cinema), o Severiano Riberio decidiu passar o filme aqui na província bela. Encaixa aí com teu horário: terça-feira, 20:30, no North Shopping. Isso mesmo, só lá e só nesse dia e só nesse horário. Fiz meu encaixe, mudei meu plantão de empresário da noite e fui pra lá.

Uma hora depois, levemente atrasado e depois de perder a primeira música, sentei pra ver de novo, agora na tela grande. Vale a pena. Pelas músicas, pela releitura, pelo jeito como as letras se encaixam no script como se tivessem sido feitas praquilo. Até que me controlei bem e só cantei algumas músicas, e bem baixinho. Devia ter muito fã. A cena passava e se ouvia ao fundo o nome da próxima música: "
Strawberry Fields"!

Não vou fazer resenha de filme. Isso é muito palha! Tem milhões de sites sérios fazendo isso aí. Procura no sabe-tudo, o google. É incrível como o filme se parece com as músicas dos Beatles. Parecem letrinhas bobas, de carinhas apaixonados, mas que têm muito mais coisa nas entrelinhas. E tem a atitude dos caras. Eles sabiam da influência que tinham e usavam isso pra tentar fazer um mundo que acreditavam melhor. O filme é intenso e passa com maestria pelas fases do grupo e da vida pessoal dos caras.

Mas o mais massa é que eu, que nunca fui dado a essas aventuras sem rumo, me identifiquei com a história. Deve acontecer com qualquer um. A coisa é tão interessante de um jeito, que você jura que podia estar lá no lugar do Jude. Vale a pena ver na telona. Só tem que encaixar.


Pensa e escreve sem pensar.

É incrível como eles guardam um carinho um pelo outro. Umas saídas que nunca dão certo, mas que os fazem se sentir perto, como na época em que se falavam pra lamentar as novas desilusões amorosas. Um dia, aquele pivete, pirralho, que não sabia nada do mundo, escreveu que ninguém jamais iria gostar dela como ele havia. Ela acreditou e por anos levou aquilo como uma maldição, um encanto. O pirralho ainda não sabe nada desse mundo, mas sabe que é óbvio que vai vir um cara que vai gostar dela, digamos, pra caralho! Pra caralho e pra sempre. E ele hoje torce por isso. Porque eles vão estar juntos pra sempre, passando por cima do ciúme de todos e de todas. Mas não nesse sentido.

Ele queria ficar com ela pra sempre. Sofreu tudo que podia, sofreu mais de um ano a sua perda. Ele queria dar o mundo a ela. Mas em três ou quatro meses seria muito difícil. Hoje ele enlata textos drogados num porta-retrato. Mas não nesse sentido. Ela queria só "ver qual era". Parecia interessante a reação daquele menino tímido quando ela decidiu, assim do jeito dela, parar de acenar pra ele naquele restaurante em que se encontravam vez por outra. Ela sempre teve um jeito estranho de gostar e de brincar com as coisas. Gosta de ser misteriosa e, no fundo, nunca deixou de gostar dele. Mas, claro, não nesse sentido.

terça-feira, abril 22, 2008

Caralho! Funciona!!! MIDOMI

Não é tão simples como disseram na matéria na VEJA, mas o Midomi, um site de busca e relacionamento com foco musical, funciona sim. Eu testei! Tudo que você precisa é de um microfone (até um fone de ouvido ligado na entrada de áudio resolve) e da sua linda voz.

Tudo bem que no meu primeiro teste o Midomi respondeu com várias sugestões "nada a ver", entre elas o Jordi,
cantando "Dur Dur D'être Bebé". Eu já ia desistir com essa ofensa virtual. Parece aqueles desaforos do Google quando você digita uma palavra e o site sabe-tudo responde com um "você quis dizer..."! Mas resolvi tentar de novo e soltei a voz. Das 13 sugestões que o site achou na busca, as quatro primeiras músicas eram a que eu queria. Na mosca!

O mais divertido, no entanto, é ouvir as vozes dos outros usuários, que gravam suas cantorias pra ajudar nas buscas futuras em pró do sucesso da ferramenta e da comunidade. Só isso já vale a visita! Experimenta lá: www.midomi.com. Pode ser que ele sugira que você quer ouvir a Britney.

Ela voltou.

É muita idiotice o cara achar que alguma coisa vai ser diferente, que tem algo de novo ou especial nessa história antiga. Nada será como antes. O passado está lá no lugar dele e não existe futuro pra isso. Ela não pensa em você, otário! Aquele carinho intermitente é só uma lembrança boa e respeito. Nada mais.

Você não duvida que ela também ainda sonhe com você. Afinal, ninguém manda na própria cabeça enquanto dorme. Você sabe que ela não sonha acordada. Isso não! Siga sua vida. Deixe o passado em paz. Aprenda a respeitá-lo.

Que diferença faz a distância em milhas, se vocês já haviam se perdido no caminho, mesmo com algumas poucas quadras os separando. Escolhas, meu caro! Esqueceu que foi você mesmo que fez essa. Talvez seja por isso que você se martirize tanto. Porque foi você mesmo quem escolheu. Não tem em quem por a culpa. Ela é toda sua. Você precisou errar em outros braços pra descobrir que ela era perfeita, o seu par perfeito. Isso não serve de nada agora, mas aprenda pra não cometer o mesmo erro com outra.

O cara foi muito rancoroso. Esse adjetivo horrível lhe cabe muito bem. Fez questão de se prender nas bobagens, mesmo quando ela decidiu ficar contigo pra valer. Como você conseguiu dizer que não tinha prazer em agradá-la, se ela abriu mão de tudo pra provar que queria estar contigo pra sempre? Perdeu-a porque era muito cedo pra se prender.

Ela voltou. E isso não faz a menor diferença. Nada será como antes. Eterno presente. Tudo que você vai ganhar agora são aqueles estranhos encontros ocasionais de volta. O que não é nenhuma vantagem, ver ela feliz com o outro cara. Vacilo total!


Testando um post de música direto do iJigg

Muita gente não conhece o iJigg (www.ijigg.com), um site de música que usa a mesma lógica do YouTube. Sabe aquelas horas que você quer ouvir uma música urgente e acaba digitando no YouTube e tem que ver um vídeo tosco com umas fotinhas passando, enquanto a tal música, que é o que importa, toca no fundo? Pois é! Nesse sentido, o iJigg é mais rápido e inteligente. Se você quer a música pra quê perder tempo baixando um vídeo?

Ah! Só por curiosidade, tem um cearense na equipe que inventou o iJigg!

E tô totalmente sem saco de ensinar como posta um link do iJigg no seu blog sem erros. Procura no Google! Pra fazer o teste tô botando uma música dos Beatles que tem um significado especial, aquela coisa de que a música se adapta à sua vida quando você quer. Era tudo verdade e eu já sabia o que ia acontecer. :-(


Escolhas.

Definitivamente, a vida é feita de escolhas.
As que fazemos, porque queremos.
As escolhas confortáveis, que podemos voltar atrás.
Correndo o risco de nada estar mais lá,
onde deixamos, quando voltarmos.

As escolhas unilaterais, porque toda escolha é assim.

E as escolhas que escolhem por nós.
Duras, frias, pesadas. Você, coadjuvante.
E um outro alguém cheio de responsabilidade,
experiente e arrogante (mas só um pouquinho),
por ter feito a escolha certa.
Quando você não escolhe,
vira figurante de outra estória,
que passou de raspão pela sua.

Eu queria só mais uma vez escolher
e ser prepotente só mais uma vez.
Eu queria escolher só mais uma vez te ter,
toda.
Escolher você por mais uma noite,
te dar prazer, te entender, pegar em você...
e depois fingir que eu escolhi
não mais te querer.

O que será que ela pensou

O cara foi morar fora, estudar. Nunca se entregou àquela viagem. O seu jeito diferente, o tipo latino, atraia olhares. No começo ele gostou, mas depois começou a ficar seriamente incomodado com aquele assédio. É óbvio que ele soube aproveitar-se disso quando era conveniente. E assim passava o tempo, com a cabeça em casa, no amor distante que deixara pra trás.

Naquele dia, acordou já de tarde, como de costume, comeu rápido num shopping ali do lado e correu atrasado para o metrô. Era a sua estratégia para aqueles dias chatos serem mais curtos. Sentou numa das várias cadeiras vazias, puxou um livro e torceu, como sempre, praquela viagem acabar logo. Ninguém olhou pra ele. Pelo menos não que ele tenha visto. Duas estações depois embarcaram duas senhoras velhas e uma menina linda, que não olhou pra ele. Nesse instante se arrependeu de não gostar que elas olhassem pra ele. Ela era linda, moreninha, pequena. Olhos meio esverdeados e um jeito meio latino também, apesar de não parecer brasileira.

Alguns minutos depois, de supetão, ela virou e pediu uma folha do seu caderno e uma caneta. O cara ficou sem entender, mas aquilo não lhe pareceu uma desculpa pra começar uma conversa. Não conversaram. Ela devolveu a caneta primeiro e quando ele já ia saindo, devolveu a folha também. Ele saiu apressado, deu alguns passos e abriu o papel. "Você lê demais! Estava com saudade. Pensava que não ia mais te ver. Preciso ter mais sorte". Naquele instante ele virou e ainda conseguiu fitar seus olhos enquanto o metrô partia. Ficou levemente apaixonado. Mais pela mágica da história do que pela moreninha.

Tiveram sorte, trocaram telefones, conversaram regularmente e se encontraram ocasionalmente. Ela estava visivelmente apaixonada. Ele gostava de passar o tempo com ela. Aqueles dias ficaram menos tristes e chatos. Mas aí o cara começou a se apaixonar pra valer. Mais pela moreninha do que pela mágica da história. E ele ficou com medo, muito medo de se envolver. Ele não podia se envolver. Dali a mais uns meses ia voltar pra casa, pra tentar arrumar o que havia deixado pra trás.

O telefone móvel dele quebrou e ela não sabia onde ele morava. Ela ligou infinitas vezes. Ele atendia, ouvia sua voz cada vez mais triste, mas ela não conseguia ouvi-lo. Ele podia usar um telefone público ou de um dos poucos amigos, claro. Mas se deteve a atender e ouvi-la chorar, como se ela soubesse que ele podia escutar. O cara foi muito filho-da-puta! Alguns dias depois as ligações foram diminuindo e acabaram. Ele sofreu muito pouco, quase nada. Foi covarde, fraco. Não quis arriscar sua vidinha tranquila. Desistiu! Só hoje, quando lhe fizeram a mesma coisa, ele ficou a imaginar: O que será que ela pensou?