quarta-feira, abril 23, 2008

Pensa e escreve sem pensar.

É incrível como eles guardam um carinho um pelo outro. Umas saídas que nunca dão certo, mas que os fazem se sentir perto, como na época em que se falavam pra lamentar as novas desilusões amorosas. Um dia, aquele pivete, pirralho, que não sabia nada do mundo, escreveu que ninguém jamais iria gostar dela como ele havia. Ela acreditou e por anos levou aquilo como uma maldição, um encanto. O pirralho ainda não sabe nada desse mundo, mas sabe que é óbvio que vai vir um cara que vai gostar dela, digamos, pra caralho! Pra caralho e pra sempre. E ele hoje torce por isso. Porque eles vão estar juntos pra sempre, passando por cima do ciúme de todos e de todas. Mas não nesse sentido.

Ele queria ficar com ela pra sempre. Sofreu tudo que podia, sofreu mais de um ano a sua perda. Ele queria dar o mundo a ela. Mas em três ou quatro meses seria muito difícil. Hoje ele enlata textos drogados num porta-retrato. Mas não nesse sentido. Ela queria só "ver qual era". Parecia interessante a reação daquele menino tímido quando ela decidiu, assim do jeito dela, parar de acenar pra ele naquele restaurante em que se encontravam vez por outra. Ela sempre teve um jeito estranho de gostar e de brincar com as coisas. Gosta de ser misteriosa e, no fundo, nunca deixou de gostar dele. Mas, claro, não nesse sentido.

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